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Título da Oficina:
CINEMA QUEER – OS GESTOS DA DIREÇÃO, OS GATILHOS DA CRIAÇÃO

Instrutor(a):  Marcelo Caetano - SP  Currículo do Instrutor

Marcelo Caetano nasceu em Belo Horizonte em 1982. Dirigiu os curtas Na sua companhia, Bailão e Verona exibidos nos festivais de Clermont-Ferrand, Rotterdam, Indie Lisboa, Brasília, entre outros. Trabalhou como assistente de direção de filmes como: “Boi Neon” de Gabriel Mascaro; “Tatuagem” de Hilton Lacerda; “Mãe só há uma” de Anna Muylaert (assina também como colaborador no roteiro); “Depois da Chuva” de Claudio Marques e Marília Hughes; “Filmefobia” de KikoGoifman. É responsável pela produção de elenco dos filmes “Aquarius” de Kleber Mendonça Filho (estréia na competição oficial do Festival de Cannes 2016) e “Permanências” de Leonardo Lacca. Em 2016 dirigiu seu primeiro longa “Corpo Elétrico” (em finalização), que teve o projeto selecionado pelo laboratório de roteiros do Festival de Berlim.

Faixa etária:  A Partir de 18 anos

Período:  23/08/2017 - quarta
Horário(s):   10:00 às 13:00  | 14:00 às 17:00  

Carga horária:  12 horas
Número deVagas:  30


Objetivo:
- O curso discutirá o fazer cinematográfico a partir da relação entre escolhas de roteiro e mise-en-scène com textos teóricos e literários como gatilhos para a criação. Em “Bailão” e escolha pela privacidade de um grupo de homossexuais da terceira idade quase levou inviabilidade do documentário. Quais foram as estratégias para filmar corpos que não buscavam a visibilidade? Em “Na sua companhia” as diferenças sociais, etárias, raciais entre um professor e um cozinheiro gerou uma fissura no modo de representar o desejo dentro do prisma das relações de poder no Brasil. Já em “Corpo Elétrico”, o encontro com um poema de Walt Whitman levou o diretor a questionar as estruturas narrativas tradicionais, levando à pergunta: é possível falar de uma temporalidade queer?

Conteúdo programático:
Manhã
- Bailão: como filmar o corpo que não quer se tornar visível? A escolha pela discrição e privacidade de um grupo de homossexuais da terceira idade que freqüentam o clube ABC Bailão levou a quase inviabilidade do documentário Bailão. Quais foram as estratégias usadas para filmar esse grupo e o espaço que freqüentam? Tendo como gatilho a coletânea “Ver e Poder” de Jean-Louis Comolli (em especial os textos “Sob o risco do real” e “No lipping!”), debateremos sobre o ato de filmar enquanto necessidade política e estética. Ainda abordaremos o livro de James Green “Além do Carnaval” para analisar a escolha historiográfica do filme em oposição a proposta etnográfica inicial.
- Na sua companhia: No primeiro curta de ficção do diretor, havia um desejo de filmar os desdobramentos de um encontro sexual fugidio entre um pornógrafo amador e um cozinheiro. As diferenças sociais, etárias, raciais e educacionais entre os personagens será focada a partir da forma como seus corpos foram representadas no filme tendo como gatilho o livro “Corpo impossível” da Eliane Robert Moraes. Com atenção especial para suas apreciações da peça “Salomé” de Oscar Wilde, debateremos os dilemas do desejo quando posto no prisma das relações de poder.
- Na sua companhia: No primeiro curta de ficção do diretor, havia um desejo de filmar os desdobramentos de um encontro sexual fugidio entre um pornógrafo amador e um cozinheiro. As diferenças sociais, etárias, raciais e educacionais entre os personagens será focada a partir da forma como seus corpos foram representadas no filme tendo como gatilho o livro “Corpo impossível” da Eliane Robert Moraes. Com atenção especial para suas apreciações da peça “Salomé” de Oscar Wilde, debateremos os dilemas do desejo quando posto no prisma das relações de poder.
Tarde
- Corpo Elétrico: O primeiro longa de ficção do diretor é livremente inspirado no poema “Eu canto o corpo elétrico” do poeta americano Walt Whitman. Como transformar imagens poéticas em filme? Ou melhor como a poesia pode perturbar a estrutura dramática tradicional? É possível falar de uma estrutura narrativa queer? Tendo também como gatilho outro texto, o livro “Mise-en-scene no cinema” de Luiz Carlos Oliveira Jr, discutiremos também a idéia de cinema de fluxos sob o prisma dos corpos e subjetividades queer.

Público Alvo:
- Diretorxs, roteiristas, demais interessadxs em realização cinematográfica.

Pré-Requisitos:

Não há.

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